quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Habitar

Tecnologia e o repensar da casa

"O espaço interior das casas foi mudando ao longo dos tempos e a sua organização foi evoluindo. Esta mudança relacionou-se com o crescimento populacional que fez com que a evolução das casas se fosse gradualmente associando ao aproveitamento do espaço e à redução de tudo ao mínimo. Prova disso foram as casas de pequenas dimensões dos operários do séc. XVIII e os estudos de existenzminimum de Alexander Klein1 em 1928, estudos científicos de planeamento do espaço que tinham como objectivo tornar a vivência nos apartamentos pequenos o mais agradável possível. Siegfried Giedion2 referiu-se á casa de dimensões inferiores comparando-a com casa burguesa do séc. XIX, dizendo que “a casa mínima irá converter-se numa nova forma de viver. (…) oferecerá um preço inferior, mais conforto que a actual casa burguesa. Isto quer dizer que estará melhor organizada e com um valor de habitabilidade melhor.”

"A diminuição do tamanho da casa foi possível graças a uma busca da flexibilidade, uma tentativa de rentabilizar o espaço levando à redução de tudo ao mínimo, condensação de funções e eficiência funcional da casa. A tecnologia e o design vieram ajudar a tornar os espaços da casa mais flexíveis e conjugar neles várias funções. A flexibilidade aplicada à casa residia em transformar continuamente o seu interior através da concentração de módulos, esta polivalência e versatilidade dos espaços minimizava assim o tamanho da estrutura. À primeira vista baseava-se numa simples divisão de espaços que dava origem a algo mais transformável, versátil e fluído. A flexibilidade na casa foi vista como algo que proporcionava “conforto, mas também uma expressão da nova “liberdade” na habitação (…) conseguindo através disso (permutabilidade na utilização de espaços limitados) a esperança de fazer do inflexível flexível."
Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura
Coimbra, 2009
Sara Vaz Serra Brito Ataíde
Orientador : Prof. Doutor João Paulo Providência Santarém

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Retrato da sociedade atual


O retrato da sociedade hoje permeia entre extremos, a globalização, o consumismo, a busca pela longevidade, o preconceito, a legalização, a mudança gradativa do padrão familiar, a conurbação massiva das cidades, entre outros aspectos que exigem do cotidiano formas inteligentes, flexíveis, para se ganhar tempo, espaço e qualidade de vida.